domingo, 23 de fevereiro de 2014

{Resenha da Semana}
#1

Olá pessoal!!!
Essa será a minha 1ª  #Resenha da Semana
Sempre li muito,mas nunca pensei em escrever algo sobre,espero que eu goste até por que também amo escrever!

Olá pessoas!
Reescrevi esse trecho umas duzentas vezes. Queria começar falando sobre clássicos e sua importância ou sua definição. Mas não cheguei a conclusão nenhuma. Então resumindo: Eu considero A Menina que Roubava Livros um clássico, mas não sei por quê.
Sempre pensei nesse livro dessa maneira. Na verdade, nem sabia sobre o que era o livro. Achei que era sobre alguma coisa leve e reflexiva no estilo Pequeno Príncipe em versão mais madura. Ledo Engano.
O livro, publicado em 2007 no Brasil pela editora Intrínseca, foi escrito pelo autor Markus Zusak. Mas eu me atrevo a dizer que ele é um poeta.
Livro 1 - A Menina que Roubava Livros – Markus ZusakEm resumo, é um romance sobre a vida de uma menina, tentando viver sua infância pobre no meio da Alemanha nazista – antes e durante a 2º Guerra mundial. E esse romance é narrado pela Morte.
O mais incrível é que apesar da narradora, o livro não possui nenhum tipo de conteúdo sobrenatural ou fantástico. A parte referente à morte aumenta a profundidade da coisa toda porque faz as reflexões que em outro narrador seriam forçadas ou pediriam maiores explicações. Mas o simples fato de considerar a Morte como uma entidade nos leva a supor toda sua história através das eras e julgar seus argumentos como fruto da experiência de um imortal muito, muito velho.
E assim o livro começa: com a morte se apresentando.
Ela então apresenta algumas considerações sobre si mesma e a humanidade e se prepara para começar a falar de uma humana em especial que, como raros, chamou sua atenção. Ela se refere a menina como “A roubadora de livros” e vai explicando as coisas sem linha de tempo. Não se trata de fazer flashbacks – isso é diferente – é mais como uma história contada em paralelo, dando a real sensação de alguém contanto sua experiência sobre uma época antiga de sua vida.
Não existe suspense. Logo no início fica claro quem (e às vezes, quando) vai morrer – antes mesmo da história começar. Então vem o início da saga de uma pequena menina de quase 10 anos à caminho de um lar adotivo com seu irmão. Sua mãe os levando de trem com a morte observando o choque de mãe e filha enquanto segura a alma do menino mais novo em seus braços. Mãe e filha param para enterrar o pequeno corpo. Liesel Meminger não consegue absorver o impacto de ver seu irmão caçula morrer sem motivo aparente – qual criança de 10 anos conseguiria? – e se agarra a ele pegando no chão do cemitério um pequeno livro que caiu do bolso de um dos coveiros. Ela não sabe ler, mas precisa daquela lembrança. Ainda mais importante quando é entregue para ser criada por um casal de completos desconhecidos.
A mãe adotiva se mostra rabugenta e rigorosa, mas compreensiva e observadora também. O pai adotivo se mostra um herói silencioso, amoroso e amável.
Os livros surgem inicialmente como momentos de “passagem”, então ela passa a considerá-los como tesouros ao mesmo tempo que a emoção de roubar um desses tesouros se torna uma catarse.
A Morte conta essas coisas de maneira natural, como se fosse uma visita sentada no sofá da sua sala comendo bolo e biscoitos no meio da tarde. As considerações que a morte faz ao longo da história da vida da menina são emocionantes. Não exatamente emoções alegres embora haja algumas.
A situação é triste: As dificuldades da vida de uma criança pobre que não entende como as coisas são. Então sonha com um mundo, vive em outro (na maioria das vezes, cruel), e tenta agir de alguma forma entre os dois. Mas a morte não é mórbida. Mesmo as passagens mais pesadas ou são narradas com ternura e suavidade, ou são preparadas com certo humor negro. Não. “Humor Negro” é o termo errado. Mas não acredito que exista uma descrição adequada pra isso. É uma espécie de sobriedade prática demais para ser ironia, mas que fica engraçado por ser tão sério. E mesmo sem ter graça, você acaba soltando um sorriso.
No inicio de um capítulo intitulado “Diário da Morte: 1942”:
 “Foi um ano para ficar na história, como 79 ou 1346, para citar apenas alguns. Esqueça a foice, diabos, eu precisava era de uma vassoura ou um rodo. Eu precisava de férias.”
E mais adiante:
“Com toda a franqueza (e sei que agora estou reclamando demais), eu ainda estava me refazendo de Stalin, na Rússia. Da chamada segunda revolução – o assassinato de seu próprio povo.
E então veio Hitler.
Dizem que a guerra é a melhor amiga da morte, mas devo oferecer-lhe um ponto de vista diferente a esse respeito. Pra mim, a guerra é como aquele novo chefe que espera o impossível. Olha por cima do ombro da gente e repete sem parar a mesma coisa: “Apronte logo isso, apronte logo isso.” E aí a gente aumenta o trabalho. Faz o que tem que ser feito. Mas o chefe não agradece. Pede mais.”
É difícil falar mais sobre a personagem principal sem spoilers. Ela é uma criança. Aprendeu a amar seus pais adotivos. Como toda criança tem amigos e Rudy é o seu melhor amigo, como um desses namorinhos infantis. Ela é pobre e sofre como qualquer criança que não tem quase nada e vive com fome por falta de comida, Mas é guerreira e não se deixa subjugar. Não é a história sobre uma vítima, é a história sobre uma lutadora.
Com os livros que rouba ela aprende a ler com dificuldade e pouca ajuda. Mas a dificuldade faz ela se aprofundar nos livros muito além das histórias.
Em uma passagem (pulei os spoilers mas a citação precisa de contexto) em que diversos vizinhos se unem em um porão de alguém para se proteger dos bombardeios, todos os personagens estão com muito medo, agarrados aos seus bens mais preciosos enquanto o barulho das bombas faz as crianças chorarem em desespero. Então Liesel começa a ler em voz alta. A poesia da narrativa não tem descrição:
“Durante pelo menos vinte minutos foi entregando a história. As crianças menores se acalmaram com sua voz, enquanto todos os outros tinham visões do assobiador fugindo da cena do crime. Não Liesel. A menina que roubava livros via apenas a mecânica das palavras – seus corpos presos ao papel, achatados para lhe permitir caminhar sobre eles.”
Apesar de todos os meus elogios, não é um livro que recomendo para qualquer um. Não recomendo para crianças por um preconceito meu de achar que a inocência deve ser preservada. É um livro pesado mesmo sem conter sexo ou violência
Não recomendo para pessoas de pouca sensibilidade e as sensíveis demais dever ser cautelosas se decidirem ler este livro. As ideias apresentadas em meio a história mechem com as emoções. A narração de palavras simples mas rebuscada na forma aprofunda isso em locais inesperados dentro de nós. A História da 2º Guerra recontada por um ponto de vista diferente causa reflexões sobre qualquer tipo de guerra.
Recomendo pra quem gosta de um bom livro, de um livro bem escrito, de uma narrativa bem estruturada, de uma história bem contada. Mas aviso que vivenciar o conteúdo desse livro é um momento forte. Pois é um livro triste em que as partes tristes fazem o livro parecer normal.
Posso adiantar que o final é a melhor parte mesmo sendo previsível desde antes da metade do livro. Boa leitura.












{Resenha da Semana}
#2



Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Classificação:  

Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças de Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.
      Hazel é uma adolescente de 16 anos que tem uma doença terminal, câncer, a 3 anos. E cada vez que sabe mais sobre sua doença, mais deprimida fica. Já se conformou que não terá mais muito tempo pela frente.
"O câncer também é um efeito colateral de se estar morrendo."
      Mas, a pedido da mãe, Hazel participa de um Grupo de Apoio uma vez por semana, onde cada um conta como está enfrentando sua doença. O mais triste do grupo é quando Patrick, Líder do Grupo de Apoio, ora pelos membros que já se foram, ficando o último a partir no fim da lista, onde ninguém mais prestava atenção...
      Em uma dessas idas ao grupo, que a proposito não a ajudavam em nada, Hazel encontra um novo participante, lindo, inteligente, com um senso de humor fofo e que também sofre com o devastador câncer, Augustus Waters. E logicamente, nasce ai um romance.
      Hazel tem um companheiro que ama incondicionalmente, seu exemplar do livro “Uma Aflição Imperial”, porém o livro acaba e a deixa martelando em sua cabeça como que a história continua, não poderia terminar assim, sem mais nem menos. E assim ela vive numa busca por respostas, mas o autor nunca responde suas cartas...
      Hazel e Gus se unem e enfrentam a doença de uma forma muito diferente, ironizando os clichês do câncer. E juntos eles decidem encontrar as respostas do livro de Hazel e saem em procura do autor, Van Houten.
      E o desenrolar da histórias vocês só saberão lendo (HAHA :D). Mas posso adiantar que é lindo. CHOREI!Sim, claro, e como não choraria? É um romance totalmente diferente, nada meloso como os comuns. John Green é o cara (acho que já disse isso aqui). Recomendo? OBVIO! Amo o tio John <3
 "INSPIRADOR, CORAJOSO, IRREVERENTE E BRUTAL, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar"







Não é nenhuma novidade que chorei muito...fiquei emocionada e viajei ao passado,lembrando de uma grande amiga.







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